Quando o livro das maravilhas foi publicado, em 1300, os europeus acharam um dos trechos mais interessantes, em que Marco Polo descreve o uso do papel-moeda na China.
“[...] O Grã-Cã cunha moedas da seguinte maneira: pegam na casca das arvores das amoreiras a pele que há entre a casca e o tronco e com ela fazem uma pasta de cor escura.
Os papeis são cortados de vários tamanhos; os menores da o valor da metade de um soldo; os maiores balem um soldo. Todos os papeis têm o selo do Grã-Cã.
Manda fabricar tantos, que é possível comprar, com facilidade, todos os tesouros da Terra. Reparte-os por todas as províncias e reinos, e com eles se paga as suas contas. Quem recusar a moeda é condenado à morte.
Os comercias aceitam a moeda, pois poderão comprar o que quiserem. O Grã-Cã paga com esse papel mercadorias que valem 400.000 bizâncios. Uma vez por ano, publica-se um aviso dizendo para todos que tem ouro, pedras finas e prata para levar a Zeca, para serem trocados por papel-moeda. Com isso, o senhor acumulava varias pedras preciosas.
Quando os papeis se rompem, sujam ou ficam deteriorados, são trocados por outros, com pequena desvalorização.”
Thales Castro
Muito boas as postagens até agora. Continue assim!
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